A cerimônia de entrega do 46º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos será realizada na próxima terça-feira, 29 de outubro, às 20h, no Tucarena, em São Paulo. O evento, aberto ao público, acontece após a 13ª Roda de Conversa com os vencedores, das 14h às 17h. A iniciativa permite que jornalistas compartilhem os bastidores e o processo de construção das matérias premiadas. bate-papo é mediado pelos jornalistas Angelina Nunes, Aldo Quiroga e Sergio Gomes, com transmissão ao vivo pela TV PUC-SP
Neste ano, o Prêmio Herzog recebeu 601 inscrições, das quais 222 em texto; 144 em vídeo; 60 em áudio; 56 em multimídia; 51 em fotografia, 50 em arte e 18 em livro-reportagem. Um grupo de 49 convidados integrou o júri responsável por selecionar os finalistas das sete categorias de premiação.
Confira aqui as produções premiadas
Homenagens
No ano em que o golpe militar de 1964 completa 6 décadas, a comissão organizadora definiu um protocolo para homenagear três grandes personagens da nossa história recente: Margarida Genevois, Ziraldo (in memoriam) e Luiz Eduardo Merlino (in memoriam).
Eles foram escolhidos por representarem, respectivamente, a sociedade civil atenta em defesa da Justiça, da Paz, dos Direitos Humanos e da Democracia; a imprensa alternativa como uma das frentes de resistência à censura e à perseguição de jornalistas e artistas que lutavam por Verdade e Justiça; e os jornalistas e militantes perseguidos, presos, torturados, desaparecidos e assassinados durante a ditadura e cujos familiares ainda lutam pelo direito à Memória, Verdade e Justiça em relação às violações cometidas pelo Estado Brasileiro.
Tais homenagens estendem-se, simbolicamente, a todos que também participaram – e ainda participam – de lutas com caráter democrático e que não se esgotam jamais.
Prêmio Especial
Flávia Oliveira, Gizele Martins e a Rede Wayuri de Comunicadores Indígenas do Rio Negro receberão o Prêmio Especial Vladimir Herzog 2024.
As escolhas se basearam nas contribuições relevantes para o cenário atual do jornalismo brasileiro, que caminha no reconhecimento da diversidade, inclusão, pluralidade de vozes e de causas, e de partilha do protagonismo na defesa do direito à informação e na democratização do acesso à comunicação.
Flávia Oliveira é colunista do jornal “O Globo” e comentarista da “GloboNews” e da “Rádio CBN”. Desde 2019 atua no podcast “Angu de Grilo” com sua filha, a também jornalista Isabela Reis. Em 2023, foi condecorada pelo governo brasileiro com o grau Oficial da Ordem de Rio Branco. Gizele Martins é jornalista, comunicadora comunitária e pesquisadora. Doutoranda em Comunicação (UFRJ), é autora do livro “Militarização e censura – a luta por liberdade de expressão na Favela da Maré”. Desde 2020 atua na Frente de Mobilização da Maré. A Rede Wayuri de Comunicadores Indígenas do Rio Negro é um coletivo de mídia popular criado em 2017 e formado por aproximadamente 30 comunicadores das etnias Baré, Baniwa, Desana, Tariana, Tuyuka, Piratapuia, Tukano, Wanano, Hup’dah, Yanomami e Yeba Masã. Produz notícias semanais para distribuir para as 750 comunidades indígenas das terras demarcadas do Baixo ao Alto Rio Negro.
Comissão organizadora
Ano passado, na histórica edição de 45 anos, a premiação passou a ser organizada pelo Instituto Prêmio Vladimir Herzog, associação civil de direito privado, sem fins lucrativos ou político-partidários, fundada em novembro de 2022, em São Paulo.
A entidade reúne 17 instituições da sociedade civil, além da família Herzog: Associação Brasileira de Imprensa (ABI); Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI); Artigo 19; Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo; Conectas Direitos Humanos; Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP); Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ); Geledés; Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Nacional); Instituto Vladimir Herzog, Instituto Socioambiental (ISA); Ordem dos Advogados do Brasil – Secção São Paulo; Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo; Coletivo Periferia em Movimento; Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo; Sociedade Brasileira dos Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) e União Brasileira de Escritores (UBE).
Desde a sua primeira edição, concedida em 1979, o prêmio celebra a vida e obra do jornalista Vladimir Herzog, torturado e assassinado pela ditadura civil-militar no dia 25 de outubro de 1975 nas dependências do DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna), em São Paulo.
SERVIÇO
46º PRÊMIO JORNALÍSTICO VLADIMIR HERZOG DE ANISTIA E DIREITOS HUMANOS
QUANDO: 29 DE OUTUBRO DE 2024, TERÇA-FEIRA
ONDE: TUCARENA – Rua Bartira, 347 – Perdizes, São Paulo
14h – Roda de Conversa com premiados
20h – Solenidade de premiação
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