O Mapa da Fome no Brasil
15 de outubro de 2018
Tiro
15 de outubro de 2018

Desde a época em que se vendiam escravos em mercados Brasil afora, passaram-se 130 anos. Em 1888, a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, mas o documento da abolição não determinou o fim da escravidão no país. A partir de dados do levantamento “Trabalho Escravo: Entre os Achados da Fiscalização e as Respostas Judiciais”, coordenado por Carlos Haddad e Lívia Miraglia, a série de reportagens "Correntes Invisíveis" mostra como ainda existe trabalho escravo no Brasil e como é grande a impunidade. De 2004 a 2017, o trabalho escravo foi detectado em 157 operações em Minas Gerais, com o resgate de 3.419 pessoas. O resultado penal, no entanto, é tímido: três casos foram transitados em julgado e apenas um réu foi preso.

Esses e outros números são retratados na série especial “Correntes Invisíveis”, publicada entre os dias 19 e 21 de fevereiro de 2018, na Rádio Super Notícia , de Belo Horizonte. As matérias, de autoria das repórteres Queila Ariadne e Ana Paula Pedrosa, trazem casos como o da primeira doméstica resgatada em condição análoga à escravidão, após trabalhar por oito anos apenas em troca de moradia, sem folga e sem salário. A reportagem retrata ainda a queda no número das fiscalizações, justificada pelo corte de verbas para políticas públicas de combate ao trabalho escravo, num país em crise. E mostra também os setores que lideram as estatísticas de mais casos de trabalho escravo no país.

Categoria Produção Jornalística em Áudio
Ano do prêmio: 2018
Autor(es): Queila Ariadne e Ana Paula Pedrosa
Título: Correntes Invisíveis
Veículo: Rádio Super Notícia FM - Belo Horizonte/MG