O 45º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanosvai homenagear Fernando Morais. O jornalista trabalhou nas revistas Visão, Veja, Jornal da Tarde, Folha de S. Paulo e TV Cultura. Ganhou três vezes o prêmio Esso, quatro vezes o prêmio Abril de Jornalismo e o prêmio Jabuti, pelo livro Corações Sujos. É também autor dos livros A ilha, Olga, Chatô, o Rei do Brasil, Cem quilos de ouro, Na toca dos leões, O mago, Os últimos soldados da Guerra Fria e Lula – vol. 1.
Para Morais, mais do que o reconhecimento por sua produção, a homenagem é motivo de especial emoção por estar relacionada ao prêmio que leva o nome de seu amigo e companheiro de redação. “Para mim, o Vlado não é só um personagem da história dos anos de chumbo do Brasil. Eu aprendi muito com ele e passei a admirá-lo pelo grande grau de sofisticação, de compreensão das coisas que ele tinha”, declara.
Confira a entrevista no site:
Entrevista Fernando Morais
Desde 2009, a comissão organizadora retomou a proposta original do Prêmio de homenagear em todas as edições personalidades e profissionais com atuação destacada nas causas relevantes da democracia, da justiça social e dos direitos humanos. Neste ano, serão também homenageados os jornalistas Sônia Bridi e Glória Maria (in memoriam).
O jornalista e escritor Fernando Morais, reconhecido como um dos maiores jornalistas e principais biógrafos do país, trabalhou em redações brasileiras como da revista Veja, Jornal da Tarde, Folha de S. Paulo e TV Cultura. Recebeu três vezes o prêmio Esso e quatro vezes o prêmio Abril de Jornalismo. Foi deputado estadual por oito anos (1979-1987), Secretário da Cultura (1988-1991) e da Educação (1991-1993) do Estado nos governos Quércia e Fleury.
É autor de obras consideradas clássicas como A ilha (1976), Olga (1985), Chatô, o Rei do Brasil (1994), Cem quilos de ouro (2003), Na toca dos leões (2005), O mago (2008), Os últimos soldados da Guerra Fria (2011) e Lula – vol. 1 (2021).
Pelo livro-reportagem Corações sujos, recebeu o Prêmio Jabuti, em 2001. A obra trata da organização Shindo Renmei, criada no interior de São Paulo na década de 1940 por imigrantes japoneses, que cometeu atos de violência contra outros imigrantes japoneses e nipo-brasileiros após a derrota do Japão na 2ª Guerra. Ganhou adaptação para o cinema em 2011 com o título Kegareta Kokoro, em japonês, com direção de Vicente Amorim.
A biografia escrita por Fernando sobre Olga Benário Prestes, companheira de Luiz Carlos Prestes e mãe da historiadora Anita Leocádia Prestes, teve adaptação para o cinema em 2004 por Jayme Monjardim. Foi sucesso de bilheteria no Brasil e recebeu três prêmios no Grande Prêmio Brasileiro de Cinema de 2005. Chatô, o Rei do Brasil também foi parar no cinema, com produção e direção de Guilherme Fontes. O longa foi concluído em 2015 e navegou em universo ficcional a partir de episódios da vida do paraibano Assis Chateaubriand, magnata da comunicação e fundador dos Diários Associados.
O argumento para o longa ‘Operação Pedro Pan’, dirigido por Kenya Zanatta e Mauricio Dias (2020), nasceu após um encontro dos diretores com Fernando Morais, que cita o episódio no livro “Os últimos soldados da Guerra Fria” . Operação clandestina apoiada pela CIA e Igreja Católica durante a década de 1960, em plena Guerra Fria, promoveu uma longa separação de famílias de classe média e alta cubanas: cerca de 15 mil crianças e adolescentes foram enviados pelos pais aos Estados Unidos sob o pretexto de fugir dos rumos que o governo de Fidel Castro tomava ao se aproximar da União Soviética.
A cerimônia de entrega do troféu especial será em 24 de outubro, às 20h, no Tucarena, em São Paulo.
Finalistas – os finalistas desta edição serão anunciados em 3 de outubro. Neste ano, o Prêmio, de abrangência nacional, obteve 630 trabalhos inscritos. A iniciativa reconhece jornalistas, repórteres fotográficos, escritores e artistas do traço que, por meio do trabalho cotidiano, defendem a democracia, a cidadania e os direitos humanos. O Prêmio contempla sete categorias: Produção jornalística em texto, Produção jornalística em áudio, Produção jornalística em vídeo, Produção jornalística em multimídia, Fotografia, Arte e Livro-reportagem.
O Prêmio – O Prêmio Vladimir Herzog foi criado em 1978 como uma das resoluções aprovadas no Congresso Brasileiro de Anistia realizado em Belo Horizonte (MG).O objetivo era homenagear jornalistas, repórteres fotográficos e artistas que, com seu trabalho cotidiano, registravam as violações aos Direitos Humanos no continente sul-americano, assim como as mobilizações sociais pela Anistia no Brasil. A ideia de dar o nome de Vladimir Herzog ao prêmio foi de Perseu Abramo, à época diretor do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e representante da entidade no Congresso.
Atualmente, integram a Comissão Organizadora, ao lado da Família Herzog, as seguintes instituições: Associação Brasileira de Imprensa (ABI); Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI); Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo; Conectas Direitos Humanos; Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP); Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ); Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Nacional); Ordem dos Advogados do Brasil – Secção São Paulo; Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo; Coletivo Periferia em Movimento; Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo; Sociedade Brasileira dos Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) e Instituto Vladimir Herzog.
Instituto Prêmio Vladimir Herzog
A partir desta edição, o Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog passa a ser promovido e organizado pelo recém-criado Instituto Prêmio Vladimir Herzog, associação civil de direito privado, sem fins lucrativos ou político-partidários, fundada em novembro de 2022, em São Paulo.
Serviço:
Site:https://www.premiovladimirherzog.org
Redes Sociais:
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